Diz-se que a origem dos lenços dos namorados remonta aos séculos XVII -XVIII, quando as senhoras bordavam para passar tempo, sendo que, ao longo dos tempos foram sendo adaptados para as mulheres do povo.
No início, estes lenços faziam parte do vestuário feminino e tinham apenas uma função decorativa. Eram lenços quadrados, de linho ou algodão, bordados conforme o gosto de cada pessoa.
No entanto, estes lenços tinham outra função; a conquista de namorado.
Uma rapariga, quando chegava à idade de casar, começava a bordar um lenço em linho ou algodão. Depois de bordado, o lenço era entregue ao namorado ou à pessoa com quem anda a "conversar", e era em conformidade com a atitude deste usar publicamente ou não, que se decidia o namoro.
Se este aceitasse, poria o lenço por cima da sua camisa domingueira, colocava-o ao pescoço com o nó voltado para a frente, usava-o na aba do chapéu ou até mesmo na ponta do pau que era costume trazer sempre consigo. Caso não aceitasse, o lenço voltaria para as mãos da rapariga.
Os lenços representam o sentimento da rapariga em relação ao rapaz, no qual ela escreve pequenos versos de amor ou símbolos.
É frequente encontrarmos erros ortográficos nestes lenços que refletem a falta de instrução própria da época.
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