Lenda de São Silvestre
Segundo diz a
lenda, existia no oceano Atlântico, há muitos anos, uma
ilha fabulosa, a Atlântida.
Arrogante,
o rei da ilha ousou um dia desafiar os céus. Deus respondeu-lhe que nada
poderia contra o poder divino, mas o teimoso rei voltou a desafiá-lo e decidiu
conquistar Atenas.
Durante a batalha, o rei da Atlântida ouviu
Deus dizer-lhe que a vitória seria de Atenas para castigar
a sua arrogância. À derrota, seguiram-se terríveis tempestades, terramotos e
inundações que engoliram a bela Atlântida para todo o
sempre.
Passadas centenas de anos, a Virgem Maria debruçava-se
dos céus sobre o oceano quando São Silvestre lhe veio falar. Aquela era a
última noite do ano e São Silvestre achava que deveria significar
algo de diferente para os homens. Deveria marcar uma fronteira entre o passado
e o futuro, dando-lhes a possibilidade de se arrependerem dos seus erros e de
terem esperança numa vida melhor.
Nossa Senhora concordou e revelou-lhe o motivo
por que estava a observar o mar com uma certa tristeza: lembrava-se da
bela Atlântida afundada por Deus por
causa dos pecados dos seus habitantes.
Enquanto falava, Nossa Senhora deixava cair
lágrimas de tristeza e misericórdia porque, apesar do castigo, a humanidade não
se tinha emendado. São Silvestre reparou então que não eram apenas lágrimas que
caíam dos olhos da Senhora, mas também pérolas autênticas.
Uma dessas pérolas, ao cair no local onde
a Atlântida tinha existido, originou a ilha da Madeira. Esta
ficou conhecida como a Pérola do Atlântico.
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